Um sargento da Polícia Militar do Ceará foi preso sob suspeita de sequestrar, matar e carbonizar o corpo de Reginaldo Gomes da Costa, de 41 anos, que trabalhava como motorista de caminhão em um dos garimpos de propriedade do militar, localizados em Salgueiro, Pernambuco. Além de policial, o suspeito é médico-cirurgião e empresário do setor de mineração.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima havia acionado o empregador na Justiça do Trabalho, cobrando direitos não pagos relacionados à sua atividade no garimpo. No dia 24 de julho de 2024, uma audiência foi realizada para tratar do caso. Poucas horas após a sessão, Reginaldo desapareceu.

As investigações indicam que, logo após a audiência, o sargento abordou Reginaldo armado e o obrigou a entrar em seu carro. Em seguida, ambos desapareceram. Diante do sumiço, a esposa da vítima procurou a Justiça do Trabalho, que notificou a Polícia Federal. O caso foi então encaminhado à Polícia Civil do Ceará.
Sem testemunhas diretas, os investigadores realizaram uma apuração detalhada e, em 2 de agosto, localizaram um corpo parcialmente carbonizado na zona rural do município de Jardim, no Ceará. A identificação foi confirmada por exame de DNA, com base em material genético fornecido pela filha da vítima.
As provas reunidas, incluindo imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas, apontam que o sargento agiu sozinho. Ele teria executado o crime sem auxílio de terceiros, e os indícios foram considerados suficientes para caracterizar o homicídio.
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