A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que pretende questionar pontos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, durante o interrogatório desta segunda-feira (9) no Supremo Tribunal Federal (STF). “Vamos fazer os questionamentos que têm que ser feitos. É a primeira vez que vamos estar com o delator, então nós vamos questionar”, declarou Celso Vilardi, advogado de Bolsonaro.
O interrogatório de Cid marca o início da oitiva dos réus do chamado “núcleo 1” da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Este grupo é considerado o principal entre os envolvidos nas investigações conduzidas pelo STF.

Desde que firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal, em 2023, Mauro Cid alterou pelo menos cinco vezes sua versão sobre os fatos relacionados ao suposto plano golpista. Entre os pontos controversos estão a citação ao ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, que teria participado de uma reunião para discutir ações que causariam “caos social”. Além disso, vieram à tona áudios nos quais Cid afirma estar sendo pressionado por investigadores a relatar “coisas que não aconteceram”.
Advogados de outros réus também devem seguir a estratégia de descredibilizar o conteúdo da delação de Mauro Cid. Os interrogatórios se estendem ao longo desta semana.
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