O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e delator do processo sobre a suposta tentativa de golpe, prestou novo depoimento nesta terça-feira (13) junto à Polícia Federal (PF). A corporação investiga uma possível solicitação de aporte para facilitar a saída de Cid do país, supostamente com auxílio do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado.
Mauro Cid ainda chegou a ter a prisão decretada, mas a ordem foi revogada pouco tempo depois. Ele chegou à sede da PF, em Brasília, às 10h57, em um veículo Range Rover vermelho. No início do dia, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente foi alvo de mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A corporação também investiga se Gilson Machado teria atuado para facilitar a saída de Cid do Brasil. Segundo os investigadores, o movimento pode ser considerado como uma tentativa de obstrução do processo penal no qual Cid é réu. Por outro lado, a defesa de Mauro Cid negou que tenha sido feito qualquer pedido de aporte.
Em nota, o ex-ministro negou o envolvimento com o caso: “Neguei veementemente ter ido a qualquer consulado, inclusive o português, no Recife”. Além disso, Machado disse que apenas “manteve contato telefônico em maio último, com o consulado português, tão somente solicitando uma agenda para meu pai renovar o aporte, o qual foi feito depois da dita solicitação.
Conforme investigação da PF, há indícios que, em maio, Machado tenha intermediado a tentativa de emissão de aporte português para Mauro Cid no Consulado de Portugal no Recife. O pedido formal para apurar o caso partiu da procuração e da Procuradoria-Geral da República (PGR) nessa terça-feira (10), e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No pedido, a PGR defendeu a abertura do inquérito, realização de buscas e quebra de sigilo de comunicações.
Ver todos os comentários | 0 |